O que me chateia mesmo mesmo é, entre mim e o meu marido, que nem temos vencimentos do outro mundo, embora reconheça que bem melhores que muitos dos que consultam este blogue, e sem contar com os cortes dos subsídios, que nem sempre recebemos, estarmos a auferir menos 500€ mensais comparativamente a 2011...
À conta disto, com tanta poupança, tenho consciência que contribui, inevitavelmente, com outros milhares de funcionários públicos, para o aumento do desemprego no setor privado.
O que me chateia mesmo mesmo é que, com tantos cortes na saúde, o meu pai tenha estado quase um ano para descobrir o que o levou a uma septissémia em ambiente hospitalar, a uma batéria hospitalar, a valores de hemoglobina graves e a estar com 47Kg. Escusado será dizer que, após 5 meses, no total, de internamentos, ficou bem mais caro do que ficaria se tivessem sido realizados os devidos exames na devida altura. Nem quero falar nos euros de medicação que nunca terminava pois rapidamente alteravam... enfim.... como diz alguém que conheço: "Economia da pelintrice". Tanto querem poupar que acabam por gastar mais.
O que me chateia mesmo mesmo é que se esteja a empurrar os jovens para o estrageiro e depois se diga que temos uma população envelhecida e com a taxa de natalidade a diminuir a passos largos. Se agora estamops mal, nem quero ver as consequências deste fenómeno. É bem diferente de outras épocas passadas pois os casais tinham mais filhos, casavam bem mais cedo, e a esperança de vida era muito menor (não se pagavam tanteas reformas nem se dispendia tanto dinheiro na saúde dos idosos...).
Desculpem o desabafo... mas, na verdade, eu que costumava implicar com tantas coisas, umas miudezas e outras não, estou naquela fase em que acho que certas coisas não passam de pequenos incovenientes.
