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Há dias encontrei um excelente podcast de comunicação de ciência que tenho de partilhar porque cheguei ao episódio que analisa as verdades e os mitos dos produtos biológicos, com base de uma síntese dos estudos mais relevantes nesta matéria.
Recomendo vivamente, para quem compreende o inglês.
As conclusões a que chegaram (só para legumes e frutas):
- o facto de ser ou não biológico, não afecta o sabor;
- o facto de ser ou não biológico não afecta o valor nutricional (de forma significativa);
- o facto de ser biológico não significa zero pesticidas;
- neste momento, não se pode concluir pela existência de correlações entre dieta biológica/convencional e o cancro e outras doenças ;*
- há correlações entre a existência de cancro e o uso de pesticidas, quando falamos de trabalhadores agrícolas (porque expostos a grandes quantidades);
- quintas biológicas têm solos mais ricos e maior biodiversidade, mas também podem ter solos mais nitrogenados** (o que poderá ser um problema ambiental e até de saúde pública);
- a produção biológica tem menor rentabilidade.
Parece que as conclusões não são muito favoráveis para os produtos biológicos.
Mas, numa nota muito positiva, concluíram que também é verdade que muitos agricultores utilizam estratégias de cultura biológica, independentemente de serem biológicos ou não, como a permacultura. Fazem-no para garantir a qualidade dos seus solos.
As minhas conclusões:
Os tomates e os morangos biológicos são MUITO mais saborosos que os convencionais. E ninguém me convencerá do contrário.
Vou continuar a fazer compras de produtos biológicos, visando evitar os produtos que sistematicamente aparecem no mercado com maior concentração de pesticidas (recordo que são testes nos EUA).
O impacto ambiental e social, das agriculturas convencional e biológica, é importante para mim.
Sobre a utilização dos termos orgânico ou biológico, ver Ciberdúvidas.
* Muito oportunamente, a entrevistadora perguntou à cientista se comprava ou não produtos biológicos, e ela confessou que comprava para a sua criança de 1 ano.
** O nitrogénio é um elemento base nos solos, e neste caso está relacionado com a utilização de mais estrume, para substituir os fertilizantes mais potentes.
Misturas para máquina de fazer pão
Continuo a fazer as minhas misturas para a máquina de fazer pão. Apenas os secos, mas que me poupa muito trabalho a limpar a banca da cozinha, que sujo sempre de farinha.
Ora, se colocar os ingredientes como no frasco da direita, o que acham que vai acontecer se o virar para dentro da panela? Obviamente que o que estava em cima, ficará por baixo.
Óbvio, mas só me lembrei desse pormenor quando quis deixar a máquina programada para fazer pão para a manhã seguinte. O fermento nunca pode ficar em contacto com a água, se a máquina não for ligada de imediato.
No frasco da direita, o fermento está no fundo do frasco, e assim, quando virar ficará por cima da farinha.
Idiotice nº 1 resolvida.
Improvisar com o que se tem
Quando comprei funis, eram um conjunto de 3. Doei um e fiquei com dois. Porém, rapidamente me apercebi que não precisava dos dois tamanhos... mas foi ficando.
Mas como precisava mais de um com boca larga para sólidos, decidi cortá-lo e usar o que tenho.
Deu um jeitaço para encher frascos com feijão cozido.
Cozinhar para o congelador
E por falar em frascos de feijão cozido: de uma panela saíram 6 refeições de feijão preto estufado com legumes. Uma das minhas refeições preferidas.
Bolinhas para o banho
É uma futilidade, mas de vez em quando, gosto de tomar um banho de imersão com sais efervescentes. Aproveitei os conjuntos de natal que agora rondam os 75% + 10% cupão Well´s.
€1.57 que sai da minha mesada para maluquices.
Cabazes de produtos biológicos
Continuo a utilizar os serviços de entrega de cabazes biológicos. Não é um sistema perfeito:
- se não utilizar e/ou congelar acabo por desperdiçar;
- os produtos tendem a ser repetitivos, porque estamos a comprar produtos de época (e mal habituadas/os a ter tudo o ano inteiro no supermercado);
- já tive maus produtos: cebolas podres no interior e kiwis demasiado verdes para serem consumidos.
Porém, a verdade é que as duas más experiências que tive neste serviço são as mesmas que já tive em supermercados.
Deixo-vos como exemplo de o último cabaz que recebi (€10):
A balança está na foto... por debaixo das acelgas.
Há algumas semanas comecei a adquirir cabazes de produtos biológicos com entrega ao domicílio - BioHabitus. Advirto que nada conheço da empresa/serviço excepto aquilo que comprei até agora.
O site tem todas as informações sobre o funcionamento, pelo me dispenso de repetições.
O primeiro cabaz que comprei foi o de €15.00 e confesso que fiquei deveras impressionada. A frescura era tangível e os produtos muito saborosos. No total, o cabaz (sem caixote) tinha 8kg de produtos (€1.875/kg).
Comi, pela primeira vez na minha vida, acelgas.
Este cabaz costuma ter duas qualidades de fruta.
O segundo cabaz que encomendei foi o de fruta, por €13 e com 4.4kg de produto.
Não encontro a foto, lamento.
Finalmente, um cabaz de €10 com 4.41kg de produtos, que incluem 1kg de kiwi (€2.26/kg).
A este cabaz acrescentei 1kg de laranjas por €2.50.
Estou a gostar da experiência de produtos sempre frescos e sempre saborosos. Isso é inquestionável.
Porém, os produtos são repetitivos, o que é óbvio para quem opta por produtos sazonais, mas que demora a habituar, quando vivemos numa era de consumo globalizado. Eu assumi isso.
Algo que não explorei, é sobre a possibilidade de alterar alguns produtos. Por exemplo, eu já pedi para não me mandarem nabiças - ODEIO - e isso foi feito sem qualquer problema.
Esta semana, estive quase para pedir para trocar as beterrabas, mas quero tentar não me excluir de consumir produtos novos.
Claramente que o inverno tem muito menor variedade de produtos (quem tem quintal, sabe disso), por isso tenho curiosidade em ver que produtos irei receber.
No que respeita a cabazes, começa a aparecer muita oferta, até já soube de cabazes mais baratos - biológicos, fruta feia ou outros. É tudo uma questão de procurarem o que existe na vossa zona e começarem a experimentar.
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