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Ontem, uma loja de comércio local salvou-me a vida. Literalmente não é verdade, mas na verdade foi assim que me senti.
Fiquei a olhar para a funcionária, quando me disse que já estavam abertos há cerca de 1 ano. Como? Comecei a tentar fazer um mapa mental do comércio local que me é mais próximo.
Numa zona com várias cadeias de hipermercados em redor, surpreende-me como ainda sobrevivem. Porém, não sendo uma romântica do comércio tradicional, reconheço a necessidade absoluta de este continuar a existir, pela concorrência, pela alternativa e pela manutenção de formas mais sustentáveis de comprar.
Eu nunca tive de explicar na mercearia porque estava a utilizar sacos de plástico próprios. Se os produtos não são bons, a loja passa a comprar a outro/a fornecedor/a, porque o cliente está à porta de casa para reclamar. Há maior probabilidade de aí encontrar produtores locais. É uma outra forma de comprar.
Vivemos num tempo em que quem mais ganha, não é quem cultiva, mas quem distribui, que quer cada vez mais lucro, seja à custa dos produtores, seja dos trabalhadores.
Por isso (e não conhecendo as reivindicações da greve de hoje), vou fazer greve às grandes cadeias de hipermercados e comprar local.
Excepção para a véspera de Natal, pois só encontro bolo-rainha sem adição de açúcares no Pão de Açúcar (eu disse-vos que não era romântica).
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