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E com os €15.00 que acumulei, comprei:
2 abrilhantadores Fairy - 2 x €0.49 (invoco em minha defesa que comprei para a minha mãe, que insiste em usar; não é coisa que use desde a 1ª embalagem que comprei, nunca senti que resultasse numa real vantagem).
1 champô Herbal Essences - €1.34 (para doar a familiares)
6 estojos Popota - €1.50 (para doar)
Fiquei com €12.00 em cartão
Ou seja, €20.90 - €12.00 = €8.90 (o que efectivamente gastei no total das compras)
É quase um cliché, esta coisa de fazer reflexões de fim de ano. Mas este final de ano coincide com um ano do blog e o balanço impõe-se. Julgo que muitas/os de vós partilham a mesma conclusão: foi um ano difícil. No meu caso, foi um ano difícil, mas poderia ter sido pior.
Para mim, foi um ano de aprendizagem e de sucessos pessoais. Considero este blog o ponto alto de todo o meu ano, pelo que aprendi e pelo que atingi em termos de objectivos.
Com efeito, sou a orgulhosa proprietária de um cartão de crédito com zero de crédito a pagar. O segundo cartão de crédito foi eliminado. O crédito pessoal é menor que o meu fundo de emergência e pouco mais que uma mensalidade do meu salário. Optei por pagar pontualmente o crédito em vez de o liquidar com as poupanças. Se bem se recordam, o meu soalho está a gritar por socorro e este inverno (que mal começou) já evidenciou que o telhado já não sobrevive mais um ano. Por isso, todas as poupanças serão alocadas a essas grandes despesas.
Tem igualmente sido a minha prioridade nº1 eliminar toda e qualquer dívida pessoal que possa constituir uma responsabilidade acrescida numa situação de desemprego.
Por isso, quando poupo, faço-o intencionalmente. Claro está que me encontro numa situação privilegiada em relação a muitas família, sei-o bem.
E a minha pergunta fica: depois de um ano a aprender a comprar melhor, conseguiram poupar?
Quando me propus iniciar o registo do orçamento familiar fi-lo numa perspectiva de auto-responsabilização, como amplamente expliquei em textos anteriores. De igual modo, sistematicamente avisei que o registo era do MEU orçamento tendo em conta a minha realidade e que, de modo algum pretendia ser uma referência para terceiros.
Nas últimas semanas não tenho publicado o registo por várias razões. Primeiro ocorreu que houve semanas em que nem tive gastos, depois, fiquei a tentar perceber como fazer o registo quando tinha €150.00 no cartão em resultado de uma promoção com 100% de desconto. Depois utilizei (e obtive) crédito em cartão com itens que são extra-orçamento...
Na semana passada, voltei a não comprar nada porque estou a gastar o meu inventário de produtos, em especial os congelados.
Enquanto reflectia sobre como instituir um novo processo de registo de gastos, que tivesse em consideração tudo o supra referenciado, questionei-te sobre a pertinência de continuar com a publicação do mesmo:
- benefícios para mim;
- benefícios para quem lê;
- tipo de discussões que motiva.
Em suma, ponderados os diversos pontos, não posso deixar de concluir que a na verdade as publicações do orçamento familiar continuam a ser um processo de auto-responsabilização, que em muito me beneficia e que pouco contribuirá para quem lê.
As publicações do orçamento familiar têm sido o mais forte instrumento das minhas poupanças, não só porque me "obriga" a ser consistente no registo mas porque esse me faz repensar os gastos feitos e melhor avaliar as minhas reais necessidades.
Por isso, peço imensa desculpa (pelo acréscimo nas publicações) a quem não veja nisso interesse, mas necessito continuar as publicações do meu orçamento, embora com nova metodologia ainda em fase de reflexão.
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