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Sexta-feira
22:57 - RTP1 - Shaft - Máfia em Nova Iorque
Sábado
15:00 - RTP Memória - A casa do lago
15:35 - SIC - Jerónimo : Uma lenda americana
17:30 - SIC - Hereafter: Outra vida
23:53 - RTP2 - Quarta Divisão
01:55 - SIC - Sempre que te vejo
Domingo
15:00 - RTP Memória - A escolha de Sofia
15:45 - SIC - Selma
17:45 - SIC - Velocidade furiosa 7
22:00 - RTP Memória - Cassandra Crossing
00:18 - RTP1 - Pedro e Inês
01:45 - SIC - Ano novo vida nova
Objectivo: Menos lixo
Acção: Vou retomar as minhas recolhas da Fruta Feia, algo que suspendi para evitar uma deslocação extra. Como sou eu que esvazio o caixote que escolhi, posso usar livremente os meus sacos.
Objectivo: Lixandar
Acção: Os riscos associados a apanhar um objecto do chão, são os mesmos que receber troco na mão. O resto é ansiedade (minha). Vou esforçar-me para contrariar os medos e recolher algum lixo (muitas garrafas) que vou encontrando. E depois vou desinfectar as mãos.
Objectivo: Menos carro
Acção: vou reparar a bicicleta (de uma vez por todas) e utiliza-la para pequenos percursos. Quem sabe se isso não se traduz em longos percursos?
Objectivo: Menos desperdício alimentar.
Acção: Vou ser mais intencional na utilização completa dos alimentos e procurar evitar alimentos que impliquem desperdício na fonte.
Por exemplo, e recorrendo a um exemplo muito rudimentar: o que fazem com as côdeas do pão aparado? Ou os restos das azeitonas em rodelas?
Os legumes cortados têm embalagens. Provavelmente são aproveitamentos de legumes menos bonitos (isso é bom), mas também se deterioram mais rapidamente e por isso levam a maior desperdício alimentar. Ou seja, o desperdício acontece antes de chegar à nossa casa.
Objectivo: Lixo Zero
Acção: Vou agir de forma a comprar peixe na peixeria, de forma exclusiva e com as minhas embalagens.
Objectivo: Ampliar vozes inspiradoras
Acção: Comprar o livro da Ana Milhares, Ana Go Slowly.
Planeava pedi-lo na biblioteca, mas dificilmente volto lá, num futuro próximo.
É inevitável pensar no quanto esta pandemia afectou o meio ambiente. Vimos as extraordinárias melhorias na qualidade do ar, sentidas assim que a economia parou: que os carros pararam, que os aviões e navios pararam.
No meu dia-a-dia, fui confrontada com a enormidade de sacos de plástico que consumimos, se não optarmos por sacos reutilizáveis.
Os que poderia reutilizar foram sendo atirados para cima do móvel do frigorífico - sacos em quarentena.
Muitos outros, das compras online com frescos, iam sendo descartados para o contentor dos plásticos.
Mesmo nas compras na mercearia, não achei que fosse justo, aumentar a ansiedade de funcionárias/os obrigando-as/os a manusear os meus sacos reutilizáveis.
Alguns sacos são de Março, mas outros da semana passada. Por isso, agora tenho de colocar umas luvas, enfiar aqueles sacos todos noutro saco maior, para a quarentena final, que será de 30 dias.
E confiar na ciência, que me disse que o vírus permanecia em plástico até 27 dias*.
Ontem fui, pela primeira vez, a um Continente, desde Março. Levei os meus sacos de compras grandes, onde fui colocando as coisas. Mas não consegui deixar de substituir os sacos com os bacalhaus que a minha mãe comprou.
Sinto-me muito culpada, mas vivemos tempos extraordinários e tento lembrar-me disso e ser tolerante comigo própria.
Acima de tudo, tento ter uma perspectiva macro: nesta pandemia, é um luxo poder preocupar-me com o plástico que consumo.
* Actualização:
Houve quem comentasse que este prazo (27 dias) não estará de acordo com estudos mais recentes e/ou indicações da DGS.
Eu optei por manter o prazo mais alargado que li, por prevenção.
Eu também optei não lavar sacos porque considero ser um gasto desnecessário de água e energia.
Eu fui muito intencional na forma como formulei este texto: "eu fiz/faço" e não "façam". Da mesma forma que EU não vou à restauração, não uso calçado ou roupa do exterior dentro de casa ou desinfecto as compras.
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