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Uma das questões frequentemente colocada é da melhor utilização dos vales de desconto. Quanto utilizamos o vale de desconto, o objectivo deverá sempre torná-lo mais eficaz e aumentar o impacto da poupança.

As minhas regras:

 

Regra nº 1 - Paciência

Não utilizar o vale de desconto na primeira ida às compras, depois de o receber, é a regra de ouro. A não ser que essa visita seja, precisamente, para maximizar o valor do vale.

Atente à data de validade e aguarde o maior tempo possível por uma promoção da loja no mesmo produto. 

 

Regra nº 2 - Dois descontos é sempre melhor que um

Se aguardar por um desconto ou promoção da loja e nesta utilizar o desconto verá que o impacto do vale de desconto será muito maior. Com efeito, é nestas acumulações de desconto que poderá descobrir que consegue obter o seu produto de forma totalmente gratuita ou quase.

Por exemplo, se o produto custa € 2.00 e a loja faz um desconto de 50% e tem ainda um vale de €1.00, então conseguirá o produto grátis.

 

Regra nº 3 - Persiga a melhor promoção para o seu vale de desconto

Há que encontrar a melhor oportunidade para utilizar o seu vale de desconto. E se compensar ir a uma loja apenas para utilizá-lo, porque não? Compare os preços entre os diferentes vendedores e planeie uma viagem para esse efeito. Poderá aproveitar para comprar outros produtos que aí são mais económicos.

 

Regra nº 4 - Menos é mais

A melhor utilização do vale de desconto é aquela que lhe permite o menor preço possível até à próxima promoção. Por isso, recomendo sempre que apliquem o preço na embalagem mais económica. Porém, isso não é verdade quando se trata de produto que habitualmente não tem promoções e que consome em grande quantidade e para qual não tem flexibilidade para mudar de marca. Nesse caso, utilize a regra habitual de poupança - o melhor preço por unidade/capacidade - e utilize o seu vale de desconto. Descontar 1.00 agora ou depois é indiferente - é sempre menos 1.00.

 

O meu processo:

Começo por verificar o preço do produto nos dois hipermercados que têm lojas online: JUMBO e CONTINENTE. De seguida, faço uma busca do produto ou marca (por exemplo: Fairy) e ordeno por preço.

 

 

Rapidamente constato que:

- o meu vale de desconto Fairy Limpeza e Cuidado (€1.00) permite-me uma maior poupança se o comprar no Continente (preço final - 0.99/450 ml);

- o meu vale de desconto Fairy Ultra (€0.75) permite-me uma maior poupança se o comprar no Jumbo (preço final - €1.04/500 ml).

 

Isto porque, apesar de preferir a marca Fairy para a minha louça, a verdade é que utilizo pouco detergente manual. Por isso, sou flexível na escolha da marca para este produto.

 

O próximo passo é comparar os preços finais com a compra mais económica. Para mim, essa seria o Detergente Manual Loiça Ultra Lima emb. 500 ml, por €1.40/500 ml. 

 

A escolha está feita. Agora só falta aguardar uma promoção que baixe ainda mais os preços finais ou encontrar outra loja com preços ainda mais baixos.

 

ACTUALIZAÇÃO 17/01/2012:

 

 

 

O novo folheto continente obriga-me a refazer as contas:

 

Preço inicial: €7.49 (pack de 2.8l)

Descontos: 1.87 (25% desconto em cartão) + €0.74 (10% desconto em cartão - vale cliente) + €0.75 (vale Para Mim)

Preço final: €4,13 (pack de 2.8l, ou seja, €1,47/litro).

 

Poupança de 55% + mais económico que a marca branca + redução de embalagens plásticas

 

 

E quando cheguei a casa tinha ainda um vale de desconto de €1.00 para experimentar o novo Fairy Limpeza e Cuidado e 2 amostras Herbal Essences (champô e acondicionador).

 

Aproveito para deixar a indicação que provavelmente já não irão encontrar a oferta de leite tanto no Pingo Doce e no Continente. 

Ass: Poupadinho


 

Para as/os mais distraídas/os, informamos que a ASAE levou tudo.

 

Mas afinal o que é o dumping?

 

O termo é inglês e a tradução literal seria "despejar".

E é mais ou menos isso: traduz uma prática comercial que consiste em despejar um produto no mercado, com um preço demasiado baixo para esse mercado (por vezes, abaixo do custo de produção). O propósito é fazer com que todos os restantes fabricantes/vendedores, que não conseguem competir, desapareçam. Depois, sendo a única oferta do mercado, poderão impor os preços que bem intenderem. 

Por isso, é proibido. Para proteger os consumidores, apesar de estes não poderem compreender no momento em que querem aproveitar os preços baixos.

Não quero com isto dizer, em momento algum, que as práticas do Continente e Pingo Doce, descritas na notícia são práticas de dumping. Primeiro porque não tenho suficientes conhecimentos de economia ou do próprio mercado.

Porém e num contexto generalista, há também que ter em atenção que a protecção dos consumidores contra práticas de dumping é necessária e bem-vinda. Independentemente do caso em concreto, é bom saber que as autoridades estão atentas ao fenómeno.

 

Qualquer dia, falamos dos cartéis.


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